Quer parar de pagar para trabalhar?

Então, assista esse vídeo e entenda se o lucro não vem porque estamos precificando errado nosso produto ou porque não estamos fazendo um fluxo de caixa correto que nos permite olhar para onde o dinheiro está indo. 

PRECIFICAÇÃO:

Definir o preço justo para você e para o cliente é de extrema importância para os seus negócios, pois vender muito não significa lucro. Para definir o preço correto do seu produto ou serviço, leve em consideração 3 coisas: preço dos concorrentes, seus custos (todos os custos, não se esqueça de nenhum) e quanto o seu público alvo está disposto a pagar. Um exemplo prático: vamos supor que você tem uma loja de roupas. Primeiro, vamos somar todos os seus custos: 

Custos diretos:

Por mês, segundo o seu controle de estoque, você precisa comprar por mês 50 camisetas e cada camiseta custa R$20,00. Então:

R$20,00 x 50 = R$1000,00. 

Custos indiretos: 

Aluguel - R$300,00\ Água - R$100,00\ Luz - R$50,00\ Transporte - R$100,00\ ________________

TOTAL = R$550,00. 

Próximo passo: definir quanto você quer de lucro no fim do mês para poder pagar suas contas pessoais, se divertir e realizar seus sonhos: 

Lucro = R$1000,00. 

Tendo todos esses valores, vamos somar todos e assim chegaremos no valor mínimo de faturamento que a empresa precisa ter: 

R$1000,00 + R$550,00 + R$1000,00 = R$2550,00. 

Agora, podemos definir o preço mínimo das suas camisetas: 

R$2550,00/50 = R$51,00. 

Ou seja, para poder sobreviver, o preço mínimo das suas camisetas precisa ser de R$51,00.

Por último, a parte da análise do preço. Compare com os seus concorrentes se está muito acima do preço que eles praticam. Caso esteja, negocie com os seus fornecedores um preço mais baixo da sua matéria prima ou procure diminuir outros custos. Verifique também se o seu público está disposto a pagar esse preço pelo seu produto ou serviço. 

FLUXO DE CAIXA:

Podemos dizer que fluxo de caixa é uma análise do caminho do dinheiro. Se você manter essa análise sempre em dia, controlando tudo certinho, não tem erro! Você vai saber exatamente qual produto traz mais receita, os produtos que dão prejuízo e também se está gastando demais com custos indiretos, diretos ou fornecedores. 

O primeiro passo para montar seu fluxo de caixa é definir o período de análise seja ele para ver como a empresa está indo na semana, no último mês e/ou no último ano. Isso você quem vai decidir de acordo com o que você pretende ver e como quer se planejar.

O segundo passo é anotar o saldo inicial em caixa da sua empresa e todos os gastos (chamamos de saída) e ganhos (chamamos de entrada). Anote até o cafézinho que você pagou para o cliente! A ideia é deixar o fluxo de caixa o mais parecido possível da realidade. Se você puder e quiser, anote também as saídas que estão por vir (como pagamento de fornecedores) e as entradas futuras também (como quando um cliente parcela uma compra).

Terceiro passo: analise os dados! Realmente tente entender o fluxo do dinheiro e onde ele está indo parar, se está gastando demais com um fornecedor só, se está gastando demais com marketing ou se os gastos estão concentrados em custos indiretos. O que é legal no fluxo de caixa é que pode-se analisar também como será o seu próximo mês. Quanto você terá que vender para poder cobrir as despesas que estão por vir. 

Assim, podemos seguir para o quarto e último passo: faça um plano de ação! Se, por acaso, sua empresa não está indo muito bem e você já descobriu porquê, faça um plano de como você pode mudar a situação e vá acompanhando cada centavo. Lembre-se de montar um plano de ação combinando com o período que você escolheu no prazo 1. Então se o seu acompanhamento é mensal, seu plano de ação será mensal também. 

Deixamos essa planilha banQi disponível para você baixar e só colocar os dados! 

Dica: evite vender fiado! Isso bagunça o fluxo de caixa, então para que isso não aconteça, ofereça diversos tipos de pagamento para o seu cliente. Anote os horários de baixo movimento e faça promoções nestes horários e por último: saiba seu capital de giro. 

CAPITAL DE GIRO: 

Capital de giro é a quantia necessária para manter seu negócio funcionando. É importantíssimo saber seu capital de giro, pois assim você pode proporcionar aos seus clientes a possibilidade de venda à prazo; manter seus estoques e assegurar o pagamento dos fornecedores, de impostos, salários e demais custos e despesas operacionais. 

Para descobrir seu capital de giro, some o seu passivo circulante, ou seja: tudo o que tem a receber num prazo de 12 meses (vendas à prazo, por exemplo), valor em real disponível em estoque, dinheiro em espécie, saldo em contas bancárias, aplicações financeiras de curto prazo.

Depois, subtraia do resultado, os passivos circulantes, ou seja, obrigações que a empresa tem com terceiros com vencimento inferior a 12 meses. Pode ser as contas a pagar (como empréstimos, fornecedores, salários etc) e o valor de impostos e despesas. 

ativos circulantes - passivos circulantes = capital de giro

Esse é o valor mínimo necessário para manter a empresa em funcionamento, ou seja, o seu capital de giro mensal. Mas tenha em mente esse valor multiplicado por 6, pois assim você garante um semestre inteiro de segurança. Vá acumulando esse dinheiro de mês em mês e não se apresse. O importante é ter o objetivo de manter a saúde financeira da sua empresa!

Caso o valor seja negativo, é um sinal de alerta! Isso significa que você anda gastando mais do que recebe. Em alguns casos, isso pode ser um sinal normal, por exemplo quando uma empresa está em crescimento, pois está investindo em expansão. Mas sempre vale analisar o fluxo de caixa e entender os prazos com fornecedores, prazos de pagamento dos clientes etc. 

Decola! - O curso pro seu negócio

Ep. 1 | Controle de Gastos e Ganhos

Ep. 2 | Renda e formalização

Ep. 3 | Serviços bancários

Ep. 4 | Introdução ao empreendedorismo

Ep. 5 | Gestão para empresas (IR, Nota fiscal e Gestão de Estoque)

Ep. 6 | Gestão para empresas 2 (Precificação, fluxo de caixa e Capital de Giro)

Ep. 7 | Cultura e fidelização do cliente (Próxima aula aqui!)