Qual a diferença entre empréstimo e crédito pessoal? Saiba antes de pedir

Você percebe que está precisando de um dinheiro emprestado para fazer uma reforma em casa, quitar uma dívida no cartão de crédito ou para conseguir fechar o mês.

Ao procurar, vê propagandas, nas ruas, na internet ou na televisão, de bancos e instituições financeiras que oferecem diferentes formas de emprestar dinheiro. Alguns anúncios falam sobre crédito pessoal, outros usam o termo empréstimo pessoal.

E aí gera a dúvida: afinal, qual é a diferença entre empréstimo pessoal e crédito pessoal? Vamos explicar neste artigo!

O que é empréstimo pessoal?

O empréstimo pessoal, segundo a Federação Brasileira dos Bancos, a Febraban, é uma modalidade de crédito oferecida pelas instituições financeiras para pessoas físicas para uso de qualquer natureza.

Isso quer dizer que esse valor do empréstimo não precisa estar associado a um uso específico como, por exemplo, o crédito imobiliário, para a compra de um imóvel, ou o crédito veicular, para a compra de um carro ou uma moto.

O Banco Central recomenda que se utilize o empréstimo pessoal como uma opção para cobrir gastos inesperados ou para quitar dívidas com taxas de juros mais altas, como as do cartão de crédito ou do cheque especial.

Existem diferenças entre empréstimo pessoal e crédito pessoal?

Para o Banco Central, as duas expressões significam a mesma coisa. Ambas podem ser utilizadas para tratar sobre o dinheiro que é emprestado por bancos e financeiras a pessoas físicas, com cobrança de juros e outros encargos.

Já o economista e professor da Faculdade de Comércio de São Paulo (FAC-SP), Rodrigo Simões, enxerga uma diferença entre empréstimo e crédito.

Segundo ele, o crédito pessoal está relacionado à capacidade que uma pessoa ou família teria de obter um determinado valor financiado de um banco ou financeira, por exemplo. 

“Qual o limite de crédito que eu tenho ou qual o potencial de crédito que possuo diante de um financiamento? O crédito pessoal tem a ver com a capacidade de obter um recurso financiado”, explica Simões.

O que é score de crédito?

Essa capacidade de financiamento se dá, em grande parte, pelo score de crédito de cada pessoa. Mas, o que é isso? É um indicador do perfil financeiro, que mostra se a pessoa é boa pagadora ou não. Ele é calculado pelas empresas de proteção ao crédito, também chamadas de birôs, como SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) e Serasa.

O score considera diversos aspectos para gerar uma pontuação, que vai de 0 a 1.000, sendo que, quanto mais alta, maior a chance que a pessoa tem de conseguir crédito (ou empréstimo), com taxas de juros mais atrativas. Para ter uma boa pontuação, a pessoa precisa:

• pagar contas, boletos e crediários em dia;
• manter o “nome limpo” (sem ter dívidas registradas por inadimplência nas empresas de proteção ao crédito);
• Não ter vários pedidos de crédito (pode indicar superendividamento), ou seja, grande chance de não conseguir pagar as parcelas do empréstimo.

A soma desses e demais fatores gera a pontuação de crédito de uma pessoa. Outros critérios são observados, como estado civil, emprego formalizado em carteira e hábitos de consumo. 

Essas informações combinadas geram um perfil financeiro e indicam para as instituições financeiras o grau de risco ao oferecer qualquer tipo de crédito.

O empréstimo pessoal, na visão do economista, está relacionado diretamente ao produto que é oferecido por bancos e financeiras. Simões explica que os dois conceitos se encontram na análise de crédito, uma vez que nem sempre o valor que a pessoa solicita é aquele que poderá ser concedido pela empresa.

"A pessoa pode estar precisando de um crédito de R$ 1.000 para pagar suas contas. No entanto, devido ao seu score, ao seu histórico como pagador, pode ser que tenha crédito de só R$ 500. Então, o banco vai determinar uma linha de empréstimo pessoal para aquela pessoa", exemplifica o economista.

Depois de conhecer as diferenças entre empréstimo e crédito pessoal, que tal saber em quais situações o empréstimo pessoal é indicado?