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Juro rotativo: saiba o que é e como fugir dessa ‘armadilha’
por banQi | data de publicação: 07/08/2023 | Saia das dívidas , Educação financeira
O cartão de crédito pode ser um grande aliado no seu dia a dia, especialmente se você souber se organizar financeiramente. Mas essa forma de pagamento também pode se tornar um problema dos grandes. Por isso, é importante entender seu funcionamento.
O grande vilão do cartão de crédito é o juro rotativo, um dos mais altos do mercado. Para entendê-lo, você precisa primeiro saber como funciona o pagamento da fatura do cartão. De acordo com as regras em vigor desde 2017, estabelecidas pelo Banco Central, existem as seguintes possibilidades:
1. Pagamento integral
Você paga o valor integral até a data de vencimento da fatura, sem juros.
2. Pagamento parcial
Você não quita a dívida inteira de uma vez e, nesse caso, há três opções:
a) Crédito rotativo
O valor que você deixou de pagar será cobrado na próxima fatura, com os juros rotativos e o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). Para diminuir o endividamento da população, o Conselho Monetário Nacional limitou o uso do crédito rotativo a no máximo 30 dias. Após esse prazo, as administradoras precisam oferecer alguma condição melhor para os clientes, como o parcelamento da fatura, com taxas mais baixas.
b) Parcelamento
Você paga o valor exato de uma parcela até a data do vencimento e adere, automaticamente, ao parcelamento. As parcelas seguintes chegarão nas próximas faturas. Existem juros neste caso, mas são menores do que os rotativos.
c) Parcelamento compulsório
Se você pagar um valor diferente das parcelas ofertadas, o valor pago é considerado como uma entrada e o restante será parcelado de acordo com taxas e número de parcelas fixadas pelo banco.
3. Pagamento menor que o mínimo
Se você pagar um valor abaixo do valor mínimo da fatura (15% do saldo utilizado no período) ou do valor mínimo de parcelamento, você é considerado inadimplente e na próxima fatura será cobrado o saldo devedor mais os encargos do rotativo, multa, juros moratórios e juros remuneratórios. Uma baita dor de cabeça!
Neste texto você vai saber:
- O que são juros rotativos?
- Qual é o juro do crédito rotativo?
- Como são calculados os juros rotativos?
- Como se livrar do juro rotativo?
O que é juro rotativo?
O limite do seu cartão de crédito nada mais é que um empréstimo oferecido pela instituição financeira que gerencia o seu cartão. Todo mês você pode fazer suas compras com um valor pré-aprovado e pagar depois, até o dia do vencimento da fatura, sem a cobrança de juros.
Se essa data chegar e você não conseguir pagar o valor total ou mínimo, existe a possibilidade de deixar esse débito para a fatura seguinte. Essa operação é chamada crédito rotativo.
Simples? Nem tanto, porque começam a ser cobrados juros sobre o valor não pago, até que você quite totalmente seu débito. O chamado juro rotativo é altíssimo e pode transformar uma dívida em uma grande dor de cabeça.
Por isso, antes de cair na tentação de comprar sem ter dinheiro para pagar, é importantíssimo entender os riscos do endividamento, especialmente no cartão de crédito.
Qual é o juro do crédito rotativo?
Todo empréstimo prevê a incidência de uma taxa de juros sobre o valor. E, vale repetir, o juro rotativo é um dos mais altos do mercado. O valor é determinado por cada instituição financeira, sem a interferência do Banco Central. A taxa varia e precisa estar clara no contrato e em todas as faturas.
Segundo o Banco Central, em março, a taxa média de juros do rotativo foi de 14,38% ao mês e 468,14% ao ano. Como comparação, a taxa média do parcelamento do cartão de crédito foi de 8,98% ao mês e 198,33% ao ano. Já a média cobrada para os empréstimos pessoais foi de 6,27% ao mês e 142,94% ao ano, e para os empréstimos consignados privados, 2,70% e 38,04% respectivamente.
Como são calculados juros rotativos?
Para começar a calcular os juros você precisará saber qual o valor mínimo permitido e qual a taxa de juros cobrada pelo banco. Você encontra essas informações na própria fatura, no contrato do cartão ou diretamente no banco.
Siga os seguintes passos:
- Pegue o valor total da fatura e retire o valor que foi pago por você. O resultado será a quantia que vai voltar como rotativo no próximo mês;
- Multiplique esse valor que sobrou pela porcentagem do crédito rotativo (você deve transformar a % em números decimais, basta dividi-lo por 100; por exemplo, 9% vira 0,09). O resultado é o valor que será pago em juros;
- Sobre esse valor, calcule o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) mensal e diário, de 0,38% e 0,0082%, respectivamente (assim como no item 2, esses percentuais também devem ser divididos por 100 para serem transformados em formas decimais na hora de fazer a conta);
- Agora some os valores. O resultado é o que você terá que pagar no próximo mês;
Vamos pensar no seguinte exemplo: uma pessoa gastou R$ 1.000 no cartão de crédito, com um mínimo pago de R$ 150 e juros de 9% ao mês.
- R$ 1.000 (valor total da fatura) - R$ 150 (valor pago) = R$ 850 (valor não pago, que vai voltar como rotativo)
- R$ 850 (valor não pago) x 1 + 0,09 (forma decimal da porcentagem de juros, que é de 9%) = R$ 926,50
- R$ 850 x 0,0038 (IOF mensal, também na forma decimal) = R$ 3,23. R$ 850 x 0,000082 (forma decimal do IOF diário) = R$ 2,09
- R$ 926,50 + R$ 3,23 + R$ 2,09 = R$ 931,82 (valor que será cobrado no próximo mês)
Para saber quanto está sendo cobrado de juros, basta subtrair o valor da dívida inicial (R$ 850) do valor que será cobrado (R$ 926,50). Teremos, assim, a cobrança de R$ 76,50.
O valor de R$ 931,82 será devido no próximo mês. Se não for pago, os novos juros serão calculados sobre os juros antigos e esta dívida terá juros sobre juros, conhecidos como juros compostos.
Como se livrar do juro rotativo?
A melhor forma de se livrar do juro rotativo é evitá-lo. Ou seja, fazer o pagamento integral das suas contas no cartão de crédito até o dia do vencimento da fatura. Uma dica é reduzir seu limite.
Caso você eventualmente entre no crédito rotativo, deve se programar para organizar suas finanças e quitar o montante o quanto antes. Entre em contato com a instituição financeira e negocie descontos e condições de pagamento.
Vale, inclusive, pedir um empréstimo pessoal com juros menores. Nesse caso, você quita a dívida no cartão de crédito com juros exorbitantes, sua dívida total diminui porque ela passa a ser calculada em cima de juros menores (do empréstimo pessoal) e você ganha um prazo para pagar as parcelas.
É importante que essas parcelas sejam calculadas dentro de um valor que você consiga pagar em dia junto com suas outras despesas mensais, evitando começar um novo ciclo de endividamento. Se seu nome ficar sujo no mercado e seu CPF negativado, ficará mais difícil sair dessa armadilha.
Agora que você já sabe os riscos de entrar no juros rotativo, veja como o empréstimo pessoal pode te ajudar a se livrar dessa armadilha.
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